Dólar opera em alta com mercado avesso ao risco e disputa pela Ptax
O dólar fechou em alta na sexta-feira (31/05), último dia do mês, cotado a R$ 5.249, um
aumento de 0,79 % em relação à abertura. Essa alta foi impulsionada por alguns fatores:
Aversão ao risco: O clima no mercado internacional era de cautela, com os investidores buscando investimentos
mais seguros em meio a incertezas como a guerra na Ucrânia, a alta da inflação nos EUA e a desaceleração da economia chinesa.
Disputa pela Ptax: No mercado doméstico, a disputa pela Ptax do fim do mês, taxa de referência para contratos cambiais, também influenciou o preço da moeda
americana. Os operadores buscaram se posicionar para garantir uma taxa mais favorável, ou que elevasse a demanda por dólares.
Dados mistos: Nos EUA, os dados do índice de preços ao consumidor (PCE) mostraram inflação um pouco mais alta do que o esperado, mas ainda dentro das variações. Já na China
indicadores de atividade econômica apontaram para uma desaceleração mais forte do que o previsto.
No acumulado do mês, o dólar subiu 1,10%, encerrando maio com valor acima de R$ 5,20 pela primeira vez desde março.
Analistas avaliam que o cenário para o dólar no curto prazo ainda é incerto e dependerá de diversos fatores, como o andamento da guerra na Ucrânia, a política monetária dos EUA e o desempenho da economia brasileira.
Veja alguns pontos importantes para acompanhar:
Guerra na Ucrânia: A intensificação do conflito pode levar a um aumento da
mudança ao risco no mercado global, beneficiando o dólar
.
Reunião do Fed: O Banco Central dos EUA (Fed) se reúne em junho para definir os juros. Se o Fed sinalizar uma abertura mais agressiva, o dólar pode se fortalecer.
Eleições presidenciais no Brasil: O clima pré-eleitoral pode gerar volatilidade no mercado cambial.
Em resumo, o dólar segue em
tendência de alta, mas o ritmo de valorização pode ser influenciado por diversos fatores.